Jack Bauer, meu colega de trabalho

sexta-feira, 5 de março de 2010



Não sou agência da CIA ou do FBI. Muito menos atriz. Vamos às explicações. Na vida de Jack Bauer, tudo acontece em 24 horas. Em 24 horas, ele é preso, é solto, é vilão, é mocinho, é acusado, é inocentado, é frio, é emotivo, é tudo. Absolutamente tudo deve ser resolvido em apenas 24 horas. Agora, a PRODESP também é assim. Então, posso dizer que só Jack Bauer me entende.
Desde que eu iniciei minhas atividades laborativas nesta empresa, eu tenho que lidar ocm alog que não posso controlar: a PRODESP. Ela é a companhia de Processamento de Dados do Estado de Saõ Paulo, e guarda todas as informações que você pode imaginar. Secretaria da Saúde, Secretaria da Educação, Secretaria de Segurança Pública e Departamento de Trânsito inserem suas informações na PRODESP. e literalmente não vivem sem ela. Sem a PRODESP, não há envio de digitalização ou pré-cadastro, envio de exame médico e psicoténico, busaca de informações de condutores, envio de aulas, liberação de certificados e resultados, ou inscrição de prova para renovação ou reclicagem.
Para não alongar a história, vamos aos fatos. De uns tempos para cá, a PRODESP dificulta cada vez mais a vida dos prestadores de serviço no ramo das Auto Escolas e CFC's. Todavia, ressaltemos que apenas complica a vida de quem presta serviços honestamente. O prazo para o envio de aulas que era de um mês foi diminuindo e diminuindo. Em mês, uma semana, seis dias, três dias, dois dias... Agora o prazo é de 24 horas (entendeu onde entra Jack Bauer nesta história?). E eu pergunto para vocês: E agora, José? Porque eles não pensam que você pode ter problemas com computadores, problemas com o seu provedor de internet. Afinal de contas a vida é perfeita e a tecnologia não falha, não é mesmo? E ninguém ouse me dizer que estas são providências para evitar fraudes pelo seguinte motivo: as fraudes continuam, em todos os setores. Eu não conheço quem faz. Todavia, os próprios condutores nos contam quando perguntam se a nossa honra está à venda. Ouço a todo instante a seguinte frase: E se eu pagar, não tem um jeitinho. Não, não tem jeitinho, eu não estou à venda e muito menos a empresa em que trabalho. Se eu sei como fraudar o sistema? A resposta é sim. Contudo, não fazê-lo é a minha escolha. A minha dignidade vale mais que alguns trocados. E ouvir a frase que citei acima me irrita. E como!
Enfim, a correria com os preparativos do meu casamento não é suficiente. Murphy tinha que inventar algo novo, para chacoalhar a minha rotina. E trazer alegria, felicidade, contentamento. E por tudo isso, viva Poliana, vamos todos tomar um grande copo de limonada e esquecer todo sentimento ruim, toda vontade de degolar o desgraçado que inventou a mais nova palhaçada no envio de aulas do Detran de São Paulo.


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